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CQC VOLTA AO VIVO

| segunda-feira, 22 de junho de 2009

O "CQC" ganhou outra chance e voltará ao vivo hoje, na Band, mas com uma condição: Marcelo Tas terá de controlar a língua. No mínimo, ele vai ter de parar de chamar atrizes pornôs de prostitutas. Isso deu problema para a Band, que passou a gravar o programa humorístico.
Fonte: Folha Online

Danilo: Ele põe fogo no circo

Com seu nome no centro do escândalo dos atos secretos do Senado Federal, José Sarney não conseguiu escapar do repórter-humorista Danilo Gentili, do CQC, programa da Band. Na quarta-feira passada, depois de encurralar Sarney numa das saídas do Congresso, Gentili disparou uma questão espinhosa sobre a campanha institucional que o político sacou da manga para despistar as denúncias: "O melhor não seria uma campanha para os senadores pararem de se meter em escândalos?". A entrevista deverá ir ao ar nesta segunda. Com seu modo inconveniente de perguntar o óbvio, Gentili se converteu numa figura temida pelos políticos. Há três semanas, teve um bate-boca com o deputado Sérgio Moraes, aquele que disse se lixar para a opinião pública. Gentili o perseguiu pelos cor-redores da Câmara. Moraes sacou de um palavrão e reagiu com sua costumeira elegância. "Vibrei quando isso aconteceu. Gosto de ver o circo pegar fogo", diz o humorista. Gentili deu à sátira política uma voltagem explosiva. Antes dele, a contundência que se via nessa área vinha do Casseta & Planeta, com suas imitações mordazes de figurões da política. O CQC vai além, ao investir no enfrentamento direto. Gentili encarna o papel de "humorista camicase". Numa de suas aventuras, foi expulso do Zoológico de São Paulo por conturbar uma cerimônia com autoridades municipais. No ano passado, levou uns safanões de seguranças de Marta Suplicy durante a campanha à prefeitura paulistana. O apelo é claro: os espectadores do programa sentem um gosto de vingança ao ver políticos ridicularizados e confrontados com verdades que gostariam de lhes dizer "na cara". "Os comediantes brasileiros são muito amenos. Preferem fazer humor circense a apontar o dedo para os políticos", afirma Gentili. Na visão do repórter incendiário, a maioria dos políticos brasileiros (em especial, os da esquerda) é desprovida de senso de humor. "É absurdo como essa gente se leva a sério", diz. Um dos mais travados é o deputado José Genoíno. O petista ligado ao episódio do dólar na cueca vive fugindo de Gentili. Mas não são só os políticos que estão sujeitos ao veneno do CQC. Recentemente, Gentili triturou o cantor Paulo Ricardo, ex-RPM, numa entrevista. "Obrigado por ter atendido a gente antes de começar seu show", disse a ele. "Assim, dá para a gente ir embora antes de você cantar." Hoje com 29 anos, Gentili iniciou sua carreira em 2005 no circuito paulistano de stand up comedy, gênero em que o humorista improvisa sozinho no palco. Entrou no CQC quando o programa estreou, em 2008, para uma participação temporária, mas acabou efetivado graças ao sucesso de um quadro em que entrevistava pessoas conhecidas se passando por um estudante de jornalismo. No papel do "repórter inexperiente", ele já revelava seus atributos. Com 1,92 metro, um jeito de andar que lembra o de Tropeço, mordomo da Família Addams, Gentili tem um grande timing cômico, que faz tremer deputados e senadores. "Antes de fazer o trajeto do plenário a seus gabinetes, os deputados agora mandam os secretários espiar o saguão para ver se o CQC está por perto", conta um assessor parlamentar. No ano passado, o humorista foi expulso da Câmara depois de infernizar deputados do alto e do baixo clero. A equipe do CQC recobrou suas credenciais – ainda provisórias – logo adiante. No momento, o programa pleiteia uma credencial permanente para atuar no Senado. A Polícia do Senado já emitiu parecer contrário. Sarney, o presidente da Casa, não teria gostado da seguinte tirada: "A revista Economist disse que o Sarney é um dinossauro. Mas isso é uma injustiça. Os dinossauros estão extintos, não fazem mais mal a ninguém". Piada dói. Mas é como diz Gentili: "Humorista tem licença para matar".

Matéria da Revista Veja


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