Coluna do Darlan Rocha, do Blog Item Um.
Divã na tela grande do cinema, antes do início, e vejo aqueles trailers que dão vontade de assistir tudo no mesmo dia, de uma só vez. O filme da vez, da vontade, foi Mulher Invisível e disse pra mim mesmo "quero ver esse cara atuando" - referindo-me ao Selton Mello. Filme da questão em cartaz e fui. Sozinho.
Eu e mais sete na sala do cinema, na entrada aquela sensação de abandono em plena tarde de quinta-feira num shopping pouco movimentado, mas enfim, eu fui. Durante todo o filme fiquei estagnado! Perplexo. Perplexo com o talento do protagonista masculino da trama, claro, porque convenhamos que Luana Piovanni não é detentora de muito talento. Ela é bonita-atriz, já o Selton é Ator. Com "A" assim mesmo, maiorzinho.
Mulher Invisível não é um filme com uma estória espetacular e não te faz rir o tempo todo. Foram poucas as cenas que me fizeram rir, mais pro finalzinho, uma ou duas se não me engano. Mas garanto que o filme envolve, talvez pela presença do Selton, talvez pela estória ter caráter envolvente mesmo. Ou talvez os dois.
Além de Mulher Invisível, Jean Charles e A erva do rato são duas outras obras cinematógrafias recentes que Selton está presente. 2009 é o ano deste ator. Jean Charles conta a trajetória de um imigrante brasileiro que foi confundido com um terrorista e acaba sendo morto pela polícia britânica no ano de 2005, um drama!
Já a A Erva do Rato, é baseado em dois contos machadianos e tem caráter mais "elite intelectual".
Uma comédia, um drama e um hermético. Três distintos tipos de filme, um mesmo ator e as mesmas expressões, porém com originalidade marcante.
Em entrevista à Revista Bravo!, Selton revela como se doa às personagens que interpreta, segundo ele, cuidou mais das personagens do que dele mesmo, por isso ele considera 2008 um ano assustador, com uma carga emocional muito forte:
Sem dúvidas toda essa dedicação resultou em bons trabalhos e não é por acaso que Selton vem se destacando no cenário brasileiro cinematográfico. Ele mesmo diz que desde 2000 vem dando preferência ao cinema do que trabalhos televisivos, ao contário de seu irmão, Danton Mello, que sempre preferiu estar ali, na tevê.
Além de atuar em cinemas, Selton também arriscou em outras áreas, um multiuso. Tecer o currículo do cara não é a minha intenção, mas ainda arrisco citar Feliz Natal, o qual o ator-autor-criador se aventurou na direção e como roteirista, e outras várias direções tanto em clips musicais quanto documentários que não me convém falar. Selton é um destaque atual que merece ser aplaudido de pé, um profissional que mergulhou em sua profissão e ainda se fez no ramo artístico um profissional "pau pra toda obra". Essa capacidade de poder criar e atuar em áreas distintas é o que garante sua credibilidade e o que responde a pergunta do porquê de tanto sucesso, do porquê de tanta notoriedade.
Selton Mello agora é Selton e Mello, dois em um: o cara.
1 comentários:
Muito bom, gosto muito desse cara, tem um curriculo muito bom mesmo, ele encarna seus personagens!!
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